Carlos Mafort: "Fotojornalismo é a minha maior paixão"

Paula Winter

O fotógrafo Carlos Mafort abriu o segundo dia da Semana de Comunicação da Universidade Estácio de Sá Nova Friburgo com uma palestra sobre as inspirações e os desafios da fotografia. O profissional contou sobre seu trabalho e apresentou parte de sua produção aos alunos dos cursos de Publicidade e Jornalismo.





Veja as fotos
Fotos: Talitha Soares

Carlos formou-se professor pelo Instituto de Ensino de Nova Friburgo - o IENF e chegou a lecionar, mas foi cursando Web Design que descobriu a paixão pela fotografia e dedicou todo o seu tempo aprimorando de seus conhecimentos na área.
No início da palestra, Carlos Mafort exibiu trabalhos de diretores de cinema, artistas plásticos e fotógrafos que o inspiram e comentou sobre a vida e carreira destes profissionais.
O fotógrafo Evgen Bavcar, que possui deficiência visual, foi mencionado pelo palestrante como a sua grande inspiração. “Fotografar pra mim é ser um pouco cego. A diferença entre enxergar e ver é muito grande. O que importa na fotografia é esse pilar criativo, o que você pode passar pela sua foto, o que você realmente enxerga”, enfatizou.
Repórter fotográfico registrado pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e pela Associação Profissional dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos (Arfoc) participou de diversos concursos fotográficos e ganhou o realizado pela Luau TV, cujo tema era “O empreendedor que a gente não vê.”

Na época, Carlos Mafort divulgou algumas fotos de sua autoria para o canal “Flagra!”. A grande repercussão o levou a atuar emdiversos meios de comunicação da cidade, em especial no Jornal A Voz da Serra.

Durante a palestra, Carlos relatou diferentes momentos em sua carreira, mostrou alguns dos seus projetos como o “Seres Invisíveis”, feito logo após a tragédia de 2011, na Região Serrana, focando em Nova Friburgo, e enalteceu o papel do fotojornalismo em sua vida. “O fotojornalismo me fez aprender muita coisa. Tanto na operação rápida da câmera quanto nas situações em que vivi”, afirmou.
Durante a exibição de uma série de fotos sobre o fim da carceragem em Nova Friburgo, realizado a pedido do jornal “A Voz da Serra”, Carlos mostrou outro lado da moeda. “O fotojornalismo é cruel. Esse foi um dos momentos mais tensos do fotojornalismo na minha vida.” Porém, seu amor pela área falou mais alto. “O fotojornalismo é a minha maior paixão. É o que mais me motiva.”

Ao final, Carlos respondeu as dúvidas da platéia e ainda deu dicas para os alunosque desejam atuar nesta área. “Se empenhem, gostem muito de fotografar, deixem o ego de lado e, principalmente, usem o poder criativo de vocês. Não é só o equipamento e sim muito estudo! Aprimorar seus conhecimentos e utilizar sua sensibilidade", concluiu.